Com toda a certeza, o título desta coluna encaminha para um rio de possibilidades, que com certeza estão esquentando a cabeça de torcedores, dirigentes e jogadores dos dois clubes.
O Atlético-PR enfrentando um período de escassez de estádio, uma saída recente de técnico, uma posição mais ou menos na tabela e uma bela de uma punição referente as brigas na Arena Joinville no ano passo. O Coritiba com uma crise no elenco, um técnico recém chegado tentando se encaixar às modas do time - SIM, O TÉCNICO TENTANDO SE ENCAIXAR AO TIME, pois no Coritiba o aval de certos jogadores é mais forte do que a decisão suprema de um treinador.
Há muito o que os dois times precisam pensar. Mas, o lado positivo da partida com certeza foi a juventude rubro-negra e a nova cara que a equipe ganhou com o Leandro Ávila. A equipe mostrou-se mais livre para criar e tocar a bola em campo. Apesar de alguns jogadores estarem improvisados em campo, como por exemplo, a joia da casa Marcos Guilherme, que jogou de volante, na minha opinião a maestria do garoto garantiria boas jogadas criativas no meio-ataque rubro-negro, mas a maneira com que o Atlético teve paciência e sabedoria para administrar o clássico apesar de ser uma equipe jovem, foi de se impressionar.
Porém, apesar de o Furacão ter vencido este Atletiba e colocado o Coxa em uma situação ainda pior na tabela, este clássico nos faz pensar também no preconceito contra mulheres no futebol. Eu como boa torcedora e futura jornalista que sou neste meio futebolístico, já presenciei e enfrentei episódios de preconceito onde colegas de profissão e torcedores do sexo masculino ganharam vantagens.
Mas, neste jogo a atitude do caro bandeirinha Rafael Trombeta em anular um gol legítimo do Furacão, como prova a imagem ao lado, mostra que uma bela de uma punição e uma "reciclagem" seriam muito bem aplicada à ele. Mas, você meu caro leitor, deve estar se perguntado porque estou falando sobre isso?
Estou falando que há algumas rodadas, no nosso amado Campeonato Brasileiro, na partida entre Cruzeiro e Atlético-MG (por coincidência um clássico também), a bandeirinha Fernanda Colombo Uliana, depois de falhar na partida, deverá ser afastada das próximas rodadas das competições nacionais e passará por um curso de reciclagem da profissão. Muitas críticas ficaram à volta dessa decisão, já que é de se contestar a atitude dela no jogo, mas muitos perguntaram-se se a punição da auxiliar era necessária a este ponto, já que MUITOS árbitros e auxiliares tomam atitudes muito piores e não são sequer intimados à prestar explicações sobre o caso.
Bom, fica aqui a minha dúvida sobre o assunto. Vamos aguardar se o caso do nosso querido Rafael Trombeta vai a juri e se ele também receberá uma punição similar à de Fernanda, ou se esse é mais um caso de preconceito no futebol!
Evellyn Heloise