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15 de julho de 2015

O dia em que Petraglia perdeu mais uma joia de seu tesouro

Hoje, durante a tarde li uma matéria um tanto quanto intrigante no blog Intervalo, de Leonardo Mendes Junior, na Gazeta do Povo online. Mais um caso de um jogador da base do Atlético Paranaense indo à justiça por ser impedido de jogar e de ser vendido.

Foto: Jorge Luiz da Silva/ Tribuna do Paraná
Novamente a história se repete no CT do Caju, e me entristece ver algo desse cacife no futebol brasileiro. Claro, sabemos que há tempos que perdeu a sua essência, mas pior do que saber isso é ver dirigentes que defendem "a volta do bom futebol" brincarem na cara do torcedor com toda sua pompa e hipocrisia.

Vivemos em um mundo capitalista, concordo, dinheiro sempre é bem vindo. Time com bom caixa, time com bom desempenho. Porém, mesquinharia é demais. E, infelizmente isso, nos tempos de hoje, prejudica a beleza do espetáculo que é o futebol, principalmente o brasileiro, que durante anos foi simbolo e referencia no esporte e hoje da vexame em campo com figurinhas marcadas pela mídia remunerada.

Porém, voltando ao mais novo caso "Nathan" que circula pelo CT do Caju, é mais um absurdo do digníssimo presidente Mario Celso Petraglia. Jogadores bons do clube, que só querem realizar seus sonhos de brilharem e jogarem futebol, que poderiam ser aproveitados no time principal, por já terem idade suficiente para isso, são jogados à escanteio por puro interesse, pois os atuantes no time principal, mesmo passeando em campo com toda a sua ruindade futebolística, persistem em permanecer entre os poucos que se salvam com um bom futebol.

O caso de Vinicius Jau expõe uma fragilidade ao torcedor antes desconhecida, pois um terceiro caso em que um bom jogador da base do clube vai à justiça para poder jogar é algo à se preocupar quanto a gestão da presidência do clube. Pois, para os torcedores a imagem que é transmitida é a de que o jogador é inadimplente, que quer deixar o clube, não tem amor à camisa e simplesmente quer sumir do Furacão, porém nem sempre é isso o que ocorre. O simples fato de um empecilho contratual fez com que o presidente do Atlético retirasse de campo o meia Vinicius Jaú, uma das joias do clube. O jogador por inúmeras vezes foi impedido de ir à seleção brasileira Sub-17 por pura birra da presidência, e agora a última peripécia de Petraglia foi retirar, um dia antes da partida de Curitiba, o jogador da escalação da delegação que iria para a Taça BH de 2015, uma das mais importantes competições da categoria. A troco do que, meu caro leitor? Nada, absolutamente nada! Pois, onde terminará este caso, assim como o de Nathan e Guilherme Schettine? Vinicíus Jaú será mais um diamante lapidado dentro do CT do Caju que o próprio Atlético Paranaense não irá usufruir do próprio investimento. Uma briga na justiça e um garoto que irá estourar no futebol sem ter tido uma passagem, possivelmente, gloriosa pelo time de criação. E, a culpa é de quem mesmo, meu caro leitor e torcedor?

Lamentável.


Evellyn Heloise

Na tarde desta quinta-feira (16), o Clube Atlético Paranaense se retratou sobre o caso. A equipe do Damas das Quatro Linhas é solidária à situação do atleta e do clube e espera que o direito de ambos seja exercido, para que o bom futebol seja preservado.

Confira na íntegra a matéria do Atlético Paranaense sobre o caso de Vinicius Jau.